Os primeiros estudiosos europeus

O período de 500 a 1000 d.C na Europa é conhecido como a Idade das Trevas. O legado do mundo antigo foi quase esquecido, a escolarização tornou-se pouco frequente, e o nível geral da cultura manteve-se baixo. A atividade matemática era escassa, mas incluiu alguns escritos sobre o calendário e contagem pelos dedos. O reaparecimento de interesse pela matemática começou com Gerbert de Aurillac (938-1003), que estudou na Catalunha e introduziu os numerais Indo-Arábicos na Europa cristã, usando um ábaco que tinha concebido para o efeito. Foi uma figura importante na Igreja, pois foi coroado Papa Silvestre II, em 999.

O místico catalão Ramon Lull (c.1232-1316) acreditava que todo o conhecimento podia ser obtido através das combinações matemáticas de um número fixo de "atributos divinos" (tais como poder, sabedoria, etc.). Ao longo dos séculos seguintes, as ideias combinatórias de Lull espalharam-se pela Europa, influenciando matemáticos como Mersenne e Leibniz.
Outros ilustres estudiosos envolvidos com a matemática nesta época incluiam Geoffrey Chaucer (1342-1400), autor dos Contos de Canterbury, que escreveu um tratado sobre o astrolábio, um dos primeiros livros de ciência escritos em Inglês. O filósofo alemão Nicolau de Cusa ou Cusanus (1401-1464) também escreveu vários tratados matemáticos, inventou óculos com lentes côncavas, e tentou resolver os problemas clássicos de trisecionar um ângulo e a quadratura do círculo.

 

[França 1964; Alemanha Ocidental 1958; St. Vincent 1990; Espanha 1963; Transkei (África do Sul) 1984]


Publicado/editado: 14/08/2015