Os séculos XIX e XX produziram muitos bons matemáticos russos, como Nikolai Lobachevsky, co-criador da geometria não-euclidiana.
Mikhail Ostrogradsky (1801-1861) usou a matemática para financiar a sua ambição de se tornar um oficial do exército. Enquanto estudava em Paris, trabalhou em física matemática, provando o "teorema da divergência ', muitas vezes atribuído a Gauss. Mais tarde, alcançou a sua ambição ensinando matemática nas academias militares russas.
Uma geração mais tarde foi Pafnuty Chebyshev (1821-1894), que fundou a Escola Matemática de St. Petersburgo. Ele é lembrado pelo seu trabalho sobre probabilidades (‘desigualdade de Chebyshev’), funções ortogonais (' polinómios de Chebyshev'), e distribuição de números primos.
Aleksandr Lyapunov (1857-1918) foi muito influenciado por Chebyshev. Trabalhou na estabilidade de líquidos em rotação e na teoria de probabilidades. Em 1918 a sua esposa morreu de tuberculose; Lyapunov alvejou-se no mesmo dia e morreu pouco depois.
Nikolai Zhukovsky (1847-1921) estudou o fluxo de um fluído em torno de objetos sólidos. Considerado "o pai da aviação russa", analisou o fluxo de ar em torno de uma asa de avião, tornando assim possível resolver o problema da sustentação aerodinámica.
Sonya Kovalevskaya (1850-1891) fez contribuições valiosas para a análise matemática e equações diferenciais parciais. Impedida de estudar na Rússia por ser mulher, foi para Heidelberg e Berlim, tornando-se posteriormente a primeira professora do sexo feminino, em Estocolmo. Ganhou o cobiçado Prix Bordin da Academia Francesa por um trabalho sobre a rotação dos corpos.
Otto Schmidt (1891-1956) foi um distinguido algebrista e explorador polar que escreveu um livro célebre sobre a teoria de grupos e que foi resgatado de um quebra-gelo encalhado durante uma expedição científica polar.
[União Soviética 1933, 1946, 1951, 1957, 1963, Rússia 1996]