A invenção da imprensa

 

A invenção da imprensa por volta de 1440, por Johann Gutenberg, permitiu que, pela primeira vez, trabalhos matemáticos clássicos fossem amplamente disponíveis. A princípio os novos livros foram impressos em latim, para os eruditos, mas cada vez mais obras nas línguas vernáculas começaram a aparecer a um preço relativamente acessível. Estas incluíram textos em aritmética, álgebra e geometria, bem como trabalhos práticos destinados a preparar os jovens para uma carreira comercial.

Entre os novos textos impressos ganhou especial importância a Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita de Luca Pacioli (1445-1517), uma compilação de 600 páginas da matemática conhecida na época, a qual foi publicado em 1494 e incluiu o primeiro relato publicado da contabilidade de dupla entrada. Na Alemanha, a pessoa mais influente na aritmética comercial foi Adam Riese (c.1489-1559). Ele provou ser tão respeitável que a frase "nach Adam Riese” [de acordo com Adam Riese] tornou-se sinónimo de um cálculo correcto.

A invenção da imprensa levou gradualmente a uma padronização da notação matemática. Os símbolos aritméticos + e - apareceram pela primeira vez em 1489, num texto aritmético de Johann Widmann e o sinal de igual foi introduzido em 1557, num livro de álgebra de Robert Recorde. Os símbolos × e ÷ não estavam em uso geral até ao século XVII.

[Bélgica 1973; Colômbia 1968; Finlândia 1942; Alemanha Ocidental 1959, 1992; Itália 1994]


Publicado/editado: 05/08/2015