Maias e Incas


Um dos mais interessantes sistemas de contagem é o dos Maias da América Central (México, Guatemala, El Salvador e Honduras), entre 300 e 1000 d.C. Baseado nos números 20 e 18, era um sistema de numeração  posicional composto pelos símbolos para 1 e 5 (combinados entre si para dar os números até 19) e 0.


A maioria dos seus cálculos matemáticos envolveram a medição do tempo. Eles usaram dois calendários: um calendário ritual de 260 dias com 13 ciclos de 20 dias e um calendário de 365 dias com 18 meses de 20 dias e cinco dias extras. A combinação destes dois calendários deu origem ao calendário da contagem longa com m.m.c. (260, 365) = 18,980 dias.


O nosso conhecimento sobre o sistema de contagem Maia e os seus calendários deriva maioritariamente das inscrições hieroglíficas em pilares esculpidos (estelas), os escritos nas paredes de cavernas e ruínas, e de um punhado de manuscritos pintados. O mais notável destes manuscritos é o belo Codex Dresden, datado cerca do ano 1200. Pintado a cores numa longa faixa de papel feito de casca de figueira, contém vários exemplos dos números Maias. Por volta do ano 1500, os Incas do Peru, cerca de 3 mil km mais a sul, inventaram o quipo para gravar e transmitir números e outras informações estatísticas. Consiste numa corda mestre à qual são associadas outras cordas mais finas com nós e de várias cores. O tamanho e a posição de cada nó correspondem a um número diferente no sistema decimal, e as cores transmitem diferentes tipos de informação. Os Quipos foram usados para fins contabilísticos e para a gravação de outros tipos de dados numéricos. A informação foi levada a toda a território por equipas de mensageiros Incas, corredores treinados que conseguiam cobrir grandes distâncias em apenas um dia.


[Belize, 1983; Alemanha Oriental, 1981; Guatemala, 1939; México, 1971; Perú, 1972; Ruanda, 1974]


Publicado/editado: 13/09/2015