Por volta de 387 a.C., Platão (427-347 a.C.) fundou a sua escola numa parte de Atenas chamada Academia. Aqui ele escreveu e orientou estudos, e a Academia rapidamente se tornou o ponto central para o estudo matemático e a pesquisa filosófica. Diz-se que sobre a entrada se encontrava a inscrição: 'Que ninguém ignorante em geometria entre aqui'.
Platão acreditava que o estudo da matemática e da filosofia oferecia melhor formação àqueles que ocupavam cargos de responsabilidade no Estado. Na sua República debateu as artes matemáticas pitagóricas de aritmética, a geometria do plano e dos sólidos, a astronomia e a música, explicando a sua natureza e justificando a sua importância para os ‘filósofo-governantes'. O seu diálogo Timeu inclui uma discussão sobre os cinco sólidos regulares - tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e icosaedro.
Aristóteles (384-322 a.C.) tornou-se estudante da Academia com 17 anos e ficou lá durante vinte anos até à morte de Platão. Ele era fascinado por questões lógicas e sistematizou o estudo da lógica e do raciocínio dedutivo. Em particular, ele referia-se a uma demonstração de que o número raíz de 2 não pode ser escrito na forma racional a / b, onde a e b são inteiros, e discutiu silogismos, tais como: "Todos os homens são mortais; Sócrates é um homem; Logo, Sócrates é mortal”.
No fresco de Rafael “A Escola de Atenas”, Platão e Aristóteles são retratados nos degraus da Academia. Platão está a segurar uma cópia do seu Timeu e Aristóteles carrega a sua Ética.
[Grécia 1978, 1998]